AEA Msafara Wa Upendo (Caravana do Amor), Lamu

 

DIÁLOGO PELA PAZ EM MPEKETONI, CONDADO DE LAMU

PUBLIQUE UMA HISTÓRIA VIOLENTA DE TERROR

 

 

Figura 1 – Membros do Conselho Inter-religioso de Clérigos da Costa em Lamu

A “Msafara wa Upendo” (Caravana do Amor), da Associação de Evangélicos na África (AEA), levou sua mensagem de paz ao Condado de Lamu em uma consulta inter-religiosa que reuniu líderes religiosos cristãos e muçulmanos sob a égide do Conselho Inter-religioso de Clérigos da Costa (CICC). A reunião, que ocorreu na terça-feira, 7 deº Junho de 2022 marcou a etapa costeira do projecto Msafara wa Upendo, que abrange 4 condados do Quénia: Nairobi, Lamu, Isiolo e Garissa. 

A consulta, que reuniu líderes inter-religiosos, discutiu questões-chave e deliberou sobre estratégias que podem promover a paz sustentável em Lamu, especialmente durante as atuais campanhas políticas e com a aproximação das eleições gerais. O CICC é uma plataforma comunitária onde as diferenças religiosas e políticas que ameaçam a paz e a coesão da comunidade são discutidas para promover a paz e a coexistência harmoniosa. Eles disseminam mensagens de paz.

por meio de suas plataformas e sermões religiosos. O CICC também é um órgão de arbitragem em questões entre muçulmanos e cristãos e facilita o diálogo intra e inter-religioso, além do diálogo entre os indígenas da região e aqueles que migraram e se estabeleceram na região. Seu mandato contribuiu significativamente para promover a unidade entre os povos.

Durante a reunião, observou-se que 2014 foi um ano crucial em Lamu, pois foi quando ocorreu um ataque terrorista em Mpeketoni, que resultou na perda de várias vidas, ferimentos e destruição de propriedades. Esse evento gerou medo, suspeitas, raiva e inimizade entre pessoas que antes viviam em paz e harmonia por muitos anos.

Os participantes destacaram que, embora a possibilidade de violência política e étnica não seja tão alta quanto muitos esperariam, ainda existe a possibilidade de que alguns dos que disputam cargos políticos incitem os jovens à violência. Citando algumas das estratégias implementadas por importantes atores eleitorais, um participante gracejou: "A IEBC merece elogios pela forma como trabalhou para separar a emissão das cédulas de nomeação. Isso reduziu o potencial de violência, pois os candidatos concorrentes foram mantidos separados. No entanto, devemos lembrar também que o período pós-eleitoral também é crucial para a manutenção da paz."

Figura 2 – Discussões com agentes da lei

Precisamos ter os contatos da polícia/segurança do estado para fazer alertas antecipados, bem como relatórios de incidentes. Também precisamos ter magistrados treinados em infrações eleitorais para participar de algumas dessas reuniões, a fim de educar os eleitores e nos conscientizar.

Os clérigos enfatizaram a importância de realizar orações por eleições pacíficas em todas as oportunidades em seus respectivos locais de culto. Também apelaram à Comissão Eleitoral e de Fronteiras Independente (IEBC) para que realize eleições livres e justas, algo que precisa ser feito e visto como feito. Concordaram que, coletivamente, precisam permanecer fortemente apartidários para evitar criar divisões nas comunidades. Os participantes apontaram que, entre as questões que precisam de intervenções de longo prazo, estão a revisão da remuneração dos reservistas da polícia e o diálogo sobre a questão crítica e sensível da terra.

Na conclusão da reunião, os clérigos mencionaram o papel que as mídias sociais desempenham na promoção de mensagens de paz e pediram aos organizadores da consulta que considerassem desenvolver sua capacidade de uso.

Sede da AEA, Nairóbi, 23 de junho de 2022