Líderes evangélicos africanos visitam a Assembleia Nacional Angolana

Em 1º de outubro de 2024, o Secretário-Geral da Associação de Evangélicos da África (AEA), Dr. Mestre Matlhaope, acompanhado pelo Secretário-Geral da Aliança Evangélica de Angola, Dr. Alexandre Saul, visitou a Assembleia Nacional Angolana. Durante a visita, eles se encontraram com o 3º Vice-Presidente da Assembleia Nacional, Raul Lima. O encontro centrou-se em discussões sobre o papel da Igreja no desenvolvimento da África, a unidade entre as nações africanas e os esforços colaborativos do governo angolano e da comunidade evangélica. Os seguintes pontos-chave foram abordados:

1. Introdução da AEA e sua missão

O Secretário-Geral apresentou a Associação de Evangélicos na África (AEA), delineando sua missão e visão para a África. Ele destacou o envolvimento da organização no desenvolvimento programático e na proclamação do Evangelho em diversas regiões, incluindo a República Democrática do Congo (RDC) e a Etiópia. O trabalho da AEA na amplificação das vozes de comunidades perseguidas também foi discutido.

2. AEA Vision 2063 – A África que Deus Quer

O Secretário-Geral apresentou a visão de longo prazo da AEA, conhecida como Visão 2063, que descreve o futuro que eles vislumbram para a África:

  • Um continente onde as armas são silenciosas.
  • Uma África onde os recursos abundantes beneficiam seus cidadãos.
  • Um continente onde os jovens têm oportunidades e são inspirados a ficar, em vez de arriscar suas vidas migrando pelo Mar Mediterrâneo.
  • Uma visão para uma África liderada por líderes éticos que priorizam o bem-estar de seu povo.

O Secretário-Geral enfatizou que essa visão é alcançável com os esforços contínuos de governos como o de Angola. Ele elogiou Angola pelos progressos alcançados em termos de governança e incentivou novos avanços, afirmando: "Acreditamos que é possível e agradecemos à sua governança pelos avanços alcançados". Ele apelou para a continuidade dos esforços para reduzir a pobreza em todo o continente e criar uma África transformada e autossuficiente, onde as nações possam emprestar umas às outras em vez de tomar empréstimos.

3. Unidade e Solidariedade em África

O Secretário-Geral enfatizou a importância da unidade em toda a África. "Acreditamos que podemos unir a África, onde somos os guardiões uns dos outros", disse ele, instando as nações africanas a se protegerem e apoiarem mutuamente. Ele elogiou os esforços da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique como um exemplo de colaboração regional, expressando a esperança de que tal solidariedade possa ser replicada em todo o continente.

Além disso, o Secretário-Geral destacou o histórico de superação de desafios de Angola e expressou confiança de que Angola poderia servir de exemplo para outras nações. Ele incentivou a continuidade dos esforços em prol da reconciliação e do desenvolvimento, reconhecendo a capacidade de Angola de defender a unidade e o progresso.

4. Colaboração com o Governo Angolano

O Secretário-Geral também destacou a colaboração bem-sucedida entre a comunidade evangélica e o governo angolano. Ele expressou gratidão pela parceria, afirmando: "A colaboração entre os evangélicos na África e o governo de Angola é um modelo para o resto da África". Ele destacou o impacto positivo dessa parceria em áreas como saúde, desenvolvimento comunitário e educação.

Discurso do 3º Vice-Presidente, Raul Lima

Em resposta, o 3º Vice-Presidente da Assembleia Nacional de Angola, Raul Lima, deu as boas-vindas à delegação, afirmando: "É uma honra receber o Secretário-Geral para Angola, África e o mundo nesta casa da democracia". Ele explicou que a Assembleia Nacional representa 220 deputados de cinco partidos políticos e serve como plataforma para discutir as principais questões que afetam os cidadãos angolanos.

O Vice-Presidente Lima expressou seu apreço pelo trabalho da comunidade evangélica em Angola, parabenizando o Secretário-Geral de Angola pelas contribuições da igreja. "A igreja tem sido uma forte parceira do Estado, e testemunhamos suas contribuições significativas em saúde, desenvolvimento comunitário e educação", disse ele.

Ecoando a visão de unidade do Secretário-Geral, o 3º Vice-Presidente declarou: "Teremos a África que Deus deseja se estivermos unificados". Ele reconheceu o histórico de divisões de Angola, mas afirmou os esforços contínuos do país em direção à reconciliação. "Enfrentamos desafios, mas estamos avançando para reconciliar nosso país", compartilhou.

O Vice-Presidente Lima expressou otimismo quanto ao futuro de Angola, encorajando o Secretário-Geral a levar de volta ao continente a mensagem de que Angola está trabalhando ativamente para criar a África que Deus deseja. "Somos uma nação religiosa, e Deus nos dará isso porque merecemos", concluiu.