Ação da Igreja promete paz, diz líder da EASS
"Insuportável" foi como o Bispo Arkanjelo Wani descreveu a situação no Sudão do Sul e na vizinha Uganda, após recentes visitas aos campos de refugiados de Bidi Bidi e Lamor. Os sentimentos do Bispo Arkanjelo eram justificados após as histórias horríveis de famílias que optaram por retornar ao Sudão do Sul, com todos os perigos aparentes, e depois perderam a dignidade enquanto morriam de fome dentro dos campos. Uganda tem sido um país anfitrião de refugiados do Sudão do Sul por décadas. As atuais hostilidades nas regiões Equatorial e de Barel Ghazal, no Sudão do Sul, resultaram em outra onda de refugiados que atualmente se instala nos campos de refugiados da região do Nilo Ocidental e do oeste de Uganda (especificamente nos distritos de Arua, Moyo e Adjumani).
A crise de refugiados em Uganda é considerada a crise de refugiados que mais cresce no mundo. Estima-se que Uganda receba 898.000 refugiados do Sudão do Sul, com um fluxo médio diário de 3.000 refugiados (ACNUR, 2017). Há relatos de que as rações alimentares estão sendo reduzidas pela metade e de um colapso aparentemente inevitável no sistema de saúde, com apenas um centro de saúde atendendo cerca de 11.000 pessoas.
Líderes religiosos regionais continuam pedindo aos principais antagonistas do Sudão do Sul que recuperem a razão para evitar mais mortes.
A liderança da Aliança Evangélica do Sudão do Sul (EASS) tem percorrido a região em uma iniciativa conjunta (Iniciativa de Mediação de Líderes da Igreja) com outras tradições eclesiásticas, com o objetivo de demonstrar solidariedade aos afetados. Essas visitas proporcionam aos pastores a oportunidade de transmitir mensagens de esperança, participar ativamente da construção de escolas e, principalmente, realizar programas de discipulado. Seu apelo à comunidade evangélica na África é que tanto orem pelo fim do conflito quanto mobilizem apoio financeiro ou alimentar emergencial para a Aliança.