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Pedido de oração urgente pelo povo de Moçambique

Moçambique enfrenta atualmente um período tumultuado, marcado por protestos violentos e instabilidade política que já ceifaram centenas de vidas desde as controversas eleições de outubro. Uma grande parcela da população acredita que Venâncio Mondlane foi o legítimo vencedor, superando Daniel Chapo. Os resultados eleitorais contestados mergulharam o país no caos, gerando agitação generalizada. Mondlane foi forçado ao exílio após o assassinato de dois de seus assessores durante o auge dos protestos.

Após meses escondido, Mondlane retornou a Moçambique, uma mudança que gerou esperança e apreensão entre a população. Sua chegada na quinta-feira ao principal aeroporto de Maputo foi recebida por uma enorme multidão de apoiadores que, apesar do forte esquema de segurança e da tensão palpável, vieram recebê-lo. O retorno de Mondlane ocorre em um momento crítico, poucos dias antes da posse programada de Daniel Chapo. Chapo, uma figura proeminente no partido governista Frelimo, foi declarado vencedor das eleições pelo Tribunal Constitucional. No entanto, Mondlane não admitiu a derrota, afirmando firmemente que foi o legítimo vencedor. Ele anunciou ousadamente seu plano de assumir a presidência em 15 de janeiro, uma declaração que agravou o clima político já tenso.

O potencial do retorno de Mondlane para incitar novos distúrbios é uma preocupação significativa. Os protestos anteriores já tiveram graves repercussões econômicas, com mais de 12.000 pessoas perdendo seus empregos e mais de 500 empresas sendo vandalizadas. A crise política também exacerbou os problemas de segurança; mais de 1.500 prisioneiros escaparam de uma unidade prisional, aproveitando-se da desordem após a eleição contestada.

Como se a turbulência política não bastasse, Moçambique também foi atingido por um desastre natural. O ciclone Chido atingiu o país com ventos ferozes de até 260 km/h e trouxe 250 mm de chuva em apenas 24 horas em 15 de dezembro. O ciclone causou danos extensos, deixando a população abalada com o impacto. O Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (INGD) relatou que 768 pessoas ficaram feridas e mais de 622.000 foram afetadas de alguma forma pela devastação da tempestade. Este desastre natural agravou os desafios enfrentados por Moçambique, tornando a recuperação e a estabilidade ainda mais difíceis.

À luz dessas crises duplas — política e natural —, houve um aumento nos apelos por orações e intervenção divina. A iminente data de 15 de janeiro, quando Mondlane pretende assumir a presidência, tornou-se um foco de ansiedade. Há uma preocupação generalizada com o potencial de aumento da violência e desestabilização. Enquanto Moçambique se encontra à beira de uma grande agitação, a esperança coletiva é pela estabilidade da nação e pela reconstrução do que já foi perdido. Portanto, rezemos pela segurança do povo e para que a paz reine sobre o país.